Medal of Honor - É quase um Call of Duty

Medal of Honor foi lançado em 1999. Seu clima de cinema e momentos emocionantes foram sucesso, até que Call of Duty chegou, melhorou tudo e inovou ao explorar os conflitos modernos no lugar da Segunda Guerra Mundial. Pois bem, agora é a vez da EA dar o troco e também se aventurar nos conflitos atuais em um game muito interessante

A Eletronic Arts, após 18 games ambientados nos anos 40, com Hitler como adversário supremo e cenários como a Europa nazista, o norte da África e o Pacífico, resolveu seguir os passos da rival Actvision e mandou seus soldados para o Afeganistão nos dias de hoje.

Em se tratando da série, este é o melhor Medal of Honor de todos. Embora exista certo patriotismo americano no game, ele é divertido e te coloca no clima das lutas no deserto. Você é membro do Tier 1, uma espécie de tropa de elite do exército dos EUA, com cara de motociclistas, durões e que atuam em pequenos grupos em missões de infiltração ou explodindo cabeças a mais de um quilômetro de distância.

Influências dos Modern Warfares estão em todo lugar: no pilotar um quadriciclo, comandar um helicóptero ou comandar os soldados dos Rangers, os “soldados comuns” do game, que te jogam em missões dramáticas, como uma em que você tem que sobreviver com inimigos vindo de todos os lados. Tá, vivemos tudo isso nos games Call of Duty, mas a EA fez um ótimo trabalho com a ação do seu Medal of Honor. Só a história que sofre um pouco com a simplicidade e com a falta de ligação entre os Rambos do Tier 1 e os outros personagens que são fracos e sem carisma.

Mas é injusto dizermos que Medal of Honor é um simples xerox de Modern Warfare. O controle é excelente, a mira é impecável e novidades como pedir munição a amigos e um modo de cobertura estilo “Gears o War” também mostram o cuidado da EA com seu novo game. Sem contar o som e os efeitos visuais que impressionam. É bacana ver a poeira levantando com um bombardeio  ou ver inimigos a 1km de distância esperando seu tiro na cabeça. O som também dá conta do recado, sendo glorioso ou radical quando necessário, contando até com músicas cantadas em algumas missões.

No mais, para compensar a campanha curta, a DICE oferece um bom multiplayer e o game também apresenta o Tier 1, para percorrer as fases da campanha principal correndo contra o relógio.

Medal of Honor é excelente, mas ainda não conseguiu aquele ar de grandeza que Call of Duty tem. Mas do mesmo jeito que a série FIFA incomoda PES, podemos esperar mais dois rivais de peso brigando pelo posto de melhor game de guerra. E todos nós sabemos quem vai sair ganhando nessa guerra entre Eletronic Arts e Actvision né?